02/12 – Dia Pan-Americano de Saúde

 

O Dia Pan-Americano de Saúde, data comemorativa instituída pelo Decreto nº 8.229/1941, tem como objetivo conscientizar e alertar a população do continente sobre os principais cuidados a serem tomados para a manutenção da saúde e para a prevenção das doenças prevalentes na região das Américas.

A partir dos anos de 1900, a Região fez progressos significativos em direção à eliminação de doenças. Eliminou a varíola em 1974 (erradicada em 1980); em 1994, foi certificada como livre de poliomielite. Nas últimas décadas, as Américas eliminaram uma série de outras doenças, incluindo rubéola, síndrome da rubéola congênita e tétano neonatal.

Na década de 2010, apesar dos sucessos na eliminação de várias doenças preveníveis por vacinas, certas questões se tornaram mais urgentes, incluindo mudanças climáticas, hesitação em vacinas, desigualdades em assistência médica e novas doenças infecciosas, trazendo um cenário complexo de desafios.

Em 2019, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e seus Estados-membros lançaram a Iniciativa de Eliminação, uma estrutura abrangente que aborda mais de 30 doenças e condições nas Américas.

A iniciativa teve como objetivo enfrentar amplas categorias de doenças de maior peso na Região. No entanto, a pandemia da COVID-19 interrompeu gravemente o funcionamento dos sistemas de saúde e revelou as desigualdades existentes. Mas apesar desses desafios, a pandemia também mostrou oportunidades para serviços de saúde mais abrangentes e, em 2023, a Iniciativa de Eliminação foi relançada como uma oportunidade crítica para fortalecer os sistemas de saúde, recuperar-se dos contratempos da pandemia e acelerar o progresso em direção à saúde universal nas Américas.

A OPAS desenvolveu quatro linhas de ação para orientar a Iniciativa de Eliminação:

– Fortalecer a integração dos sistemas de saúde e da prestação de serviços;
– Fortalecer os sistemas de vigilância e informação em saúde;
– Abordar os determinantes ambientais e sociais da saúde;
– Fortalecer a governança, administração e recursos.

 

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde significa ter o corpo, a mente e a vida social saudáveis. Porém, há outros fatores envolvidos no contexto, como, bem-estar e qualidade de vida, que tem em comum a busca por corpo e mente sadios!

Bem-estar é a capacidade de uma pessoa suprir as suas necessidades e estar satisfeita com a vida. Já a qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

Envolve estar bem espiritual, física, mental, psicológica e emocionalmente, além de relacionamentos sociais, como família e amigos, saúde, educação, habitação, saneamento básico, dentre outros fatores.

Um dos documentos mais importantes que se produziram no cenário mundial sobre o tema da saúde e qualidade de vida – a Carta de Ottawa – afirma que são recursos indispensáveis para se ter saúde: paz, renda, habitação, educação, alimentação adequada, ambiente saudável, recursos sustentáveis, equidade e justiça social.

Isto implica no entendimento de que a saúde não é nem uma conquista, nem uma responsabilidade exclusiva do setor saúde. Ela é o resultado de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais, coletivos e individuais, que se combinam, de forma particular, em cada sociedade e em conjunturas específicas, daí resultando sociedades mais ou menos saudáveis.

Para que uma sociedade conquiste saúde para todos os seus membros, são necessárias uma verdadeira ação intersetorial e as chamadas políticas públicas saudáveis, isto é, políticas comprometidas com a qualidade de vida e a saúde da população.

Além destes elementos chamados estruturais, que dependem apenas parcialmente da decisão e ação dos indivíduos, a saúde também é decorrência dos chamados fatores comportamentais.

Vida saudável, com qualidade e bem-estar, envolve:

– Adoção de hábitos saudáveis: alimentar-se de maneira saudável; não fumar; evitar bebidas alcoólicas em excesso; não dirigir após ingerir bebida alcoólica; procurar dormir bem; ter atividades esportivas e de lazer regularmente; resolver problemas de forma racional, encarando-os positivamente; administrar o tempo realizando uma atividade de cada vez; cultivar o bom humor.

– Trabalho: programar e usufruir férias anuais; não levar serviço para casa; manter o ambiente de trabalho limpo, iluminado, ventilado, sem cigarros, poluição ou barulho excessivo; em momentos de tensão, fazer relaxamento com respiração lenta e pausada.

– Esporte e lazer: praticar 30 minutos diários de atividade física, de forma contínua; subir e descer escadas em vez de usar elevador; caminhar, fazer esportes, dançar nos momentos livres; ouvir música; fazer passeios ao ar livre; sair com amigos e família; reservar um tempo para si.

Atividades físicas proporcionam benefícios físicos e psicológicos, tais como: controle do peso corporal; controle dos níveis de glicose, de colesterol, da pressão arterial; melhora da mobilidade das articulações; aumento da densidade óssea (previne a osteoporose); aumento da resistência física; ajuda no controle da depressão; melhora a qualidade do sono; mantém a autonomia; evita o isolamento social; alivia o estresse; aumenta o bem-estar; melhora a autoimagem e a autoestima.

Obs.: antes de iniciar a prática de exercícios físicos é importante ter orientação profissional e passar por avaliação médica.

– Cuidados com o sol: buscar as horas mais frescas do dia e evitar exposição prolongada; usar sempre protetor solar nas áreas expostas; usar óculos escuros e roupas claras, chapéu ou boné para proteger-se.

– Alimentação: fazer no mínimo cinco refeições ao dia; ingerir frutas, legumes e verduras variadas, diariamente; evitar refrigerantes e salgadinhos, bem como outros alimentos ultraprocessados; beber pelo menos dois litros (6 a 8 copos) de água por dia; fazer as refeições em ambiente calmo e nunca assistindo televisão; evitar comer em excesso quando estiver nervoso ou ansioso.

 

Uma vida saudável envolve, ainda, agir de forma preventiva ao aparecimento de doenças, o que inclui a vacinação durante os vários ciclos da vida, reconhecidamente, uma das mais eficazes estratégias para preservar a saúde individual e a da população como um todo.

 

Fontes:

– BUSS, P. M. Saúde, sociedade e qualidade de vida
– Conselho Regional de Biologia da 6ª. Região
– Federação Médica Brasileira
– Ministério da Saúde
– Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
– Secretaria de Saúde do Distrito Federal. 5 passos para uma melhor qualidade de vida: uma meta ao seu alcance. (Folder impresso)