05/5 – Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos


 

O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos foi concebido a partir de um movimento de estudantes de Farmácia, na década de 1990. A proposta de uma campanha de orientação à população surgiu em Recife, durante a realização do Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enef), em 1997, na Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) e a primeira ação em nível nacional ocorreu no dia 5 de maio de 1999.

A data comemorativa pretende conscientizar o público geral sobre os riscos associados ao mau uso de medicamentos, principalmente no que se refere à automedicação. É, ainda, uma ótima oportunidade para divulgar e reforçar informações sobre a resistência microbiana aos antimicrobianos, que ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas mudam ao longo do tempo e não respondem mais a eles, tornando as infecções mais difíceis de serem tratadas. Dessa forma, a resistência microbiana faz aumentar o risco de propagação e gravidade das doenças, com consequente aumento de mortes.

 

O uso inadequado e/ou indiscriminado de medicamentos assim como a prática da automedicação está entre as principais causas de acidentes relacionados a fármacos. Automedicar-se ou usar produtos indicados por amigos ou parentes pode ocasionar sérios riscos à saúde, como mascarar ou agravar os sintomas, provocar reações adversas ou mesmo intoxicações.

Um medicamento indicado para uma pessoa pode não ser indicado para outra, mesmo que os sintomas e o problema de saúde sejam parecidos. A escolha apropriada depende do histórico de saúde de cada um, questões alérgicas, idade, entre outros fatores.

 

O uso racional de medicamentos é entendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a prescrição apropriada de medicação para as condições clínicas de cada paciente, em doses adequadas às suas necessidades, por um período adequado e ao menor custo, para o paciente e para a comunidade.

 

Utilizar os medicamentos de forma segura inclui atitudes como:

– Não usar remédios sem orientação de um profissional de saúde. Em caso de dúvidas, procurar o farmacêutico ou outro profissional da equipe de saúde.

– Utilizar os medicamentos conforme a receita, na dose prescrita, nos horários corretos, pelo tempo indicado e da forma adequada. Principalmente, quando se tratar de antimicrobianos.

– Preferencialmente, ingerir os medicamentos com água. Outros tipos de líquidos podem interferir na eficácia da medicação. Evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento.

– Não abrir as cápsulas, não amassar os comprimidos e não diluir o conteúdo em água ou outro líquido sem a orientação do médico, dentista ou do farmacêutico.

– Não misturar medicamentos sem a devida orientação. O uso de um medicamento pode prejudicar o efeito do outro ou causar alguma reação inadequada.

– Medicamentos devem ser armazenados em locais longe da luz, da umidade, do calor e de produtos de limpeza e alimentos. Alguns devem ser guardados em temperaturas específicas, como, por exemplo, os que precisam ser armazenados em geladeira. Cuidado adicionais precisam ser tomados para mantê-los fora do alcance de crianças e animais domésticos.

– Não utilizar medicamentos vencidos ou restos de tratamentos anteriores. O descarte deve ser feito em coletores próprios, disponíveis em farmácias ou estabelecimentos de saúde.

– Nunca comprar medicamentos em feiras e camelôs.

– Exigir sempre a nota fiscal da farmácia ou drogaria.

– Guardar a nota fiscal, a embalagem e a cartela ou frasco do medicamento que está sendo usado. Eles são o comprovante se precisar registrar alguma queixa em caso de irregularidades.

– Não comprar medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que soltam facilmente ou que estejam apagados e borrados.

– Outra orientação importante é quanto à comercialização de medicamentos falsificados, que são aqueles que não provêm do fabricante original ou que sofreram alterações ilegais antes do seu fornecimento ao paciente. Preços muito baixos praticados em promoções ou ‘liquidações’ podem indicar que o medicamento tem origem duvidosa, como produtos falsificados, sem nenhuma garantia de qualidade, ou até mesmo que possa ser produto roubado.

 

Para prevenir e controlar a propagação da resistência aos antibióticos, devem ser seguidas as seguintes recomendações:

– Usar antibióticos apenas quando forem prescritos por um profissional de saúde.
– Nunca exigir antibióticos se o médico disser que não são necessários.
– Sempre seguir as orientações do profissional de saúde ao usar antibióticos.
– Nunca compartilhar ou usar sobras de antibióticos.
– Prevenir infecções lavando as mãos regularmente, evitando o contato próximo com pessoas doentes e mantendo as vacinas em dia.
– Preparar os alimentos de forma higiênica (mantendo-os limpos, separando crus e cozidos, cozinhando-os bem, mantendo-os em temperaturas seguras, usando água e matérias-primas seguras).

 

Com o objetivo de garantir que os benefícios dos produtos farmacêuticos sejam maiores do que os riscos que possam causar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é o órgão brasileiro que exerce atividades de farmacovigilância, tais como: eventos adversos gerados por desvios de qualidade de medicamentos, inefetividade terapêutica, erros de medicação, uso abusivo, intoxicações e interações medicamentosas.

A Agência tem, ainda, como finalidade institucional, promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.

 

É possível verificar se o medicamento a ser utilizado tem registro na Anvisa. A consulta está disponível aqui!

 

Fontes:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Conselho Regional de Farmácia da Bahia
Organização Mundial da Saúde
Prefeitura de São José dos Pinhais (PR)

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