09/8 – Dia Nacional da Equoterapia
A data comemorativa foi instituída pela Lei nº 12.067/2009 com o objetivo de difundir essa importante modalidade terapêutica e educacional que utiliza o cavalo numa abordagem interdisciplinar entre as áreas de saúde, educação e equitação, com o intuito de ajudar o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ ou necessidades especiais.
Trata-se de um método terapêutico certificado pelo Conselho Federal de Medicina que utiliza o cavalo como agente promotor de benefícios, em nível físico e psíquico, bem como nos nos campos educacional e social, para pessoas com doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico metabólicas, sequelas de traumas e cirurgias, doenças mentais, transtornos psicológicos e de comportamento, transtornos de aprendizagem e de linguagem.
A prática da Equoterapia está indicada para os seguintes quadros clínicos:
– Doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico-metabólicas;
– Sequelas de traumas e cirurgias;
– Doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais;
– Distúrbios de aprendizagem e de linguagem.
Os benefícios da equoterapia:
– Mobilização pélvica, da coluna lombar e articulações do quadril;
– Melhora do equilíbrio e da postura;
– Desenvolvimento da coordenação de movimentos entre tronco, membros e visão;
– Estimulação da sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa, com melhora da integração sensorial e motora.
A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.
A interação com o cavalo é a principal responsável pelos benefícios da equoterapia. “A gente tá num ambiente muito rico de estimulação sensorial. O cavalo tem temperatura, textura e cheiro”, afirma a coordenadora pedagógica do Centro de Equoterapia da PM [Polícia Militar do Distrito Federal], a professora da Secretaria de Educação e fisioterapeuta Andrea Gomes Moraes. “O cavalo nos movimenta e tira a gente do nosso centro de massa a todo instante, fazendo com que o nosso equilíbrio postural melhore”, completa.
“O cavalo inicia o movimento e isso faz com que o cérebro processe a informação e envie uma resposta motora. É uma estimulação que trabalha tanto os órgãos do sentido, quanto o sistema sensorial”, diz a coordenadora do Centro de Equoterapia.
Nesses movimentos o praticante é estimulado a reagir com retificações posturais automáticas, passando a antecipar e a seguir mecanismos de ajuste na postura.
Esse conjunto de atividades exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, do relaxamento, da conscientização sobre o próprio corpo e do aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.
O atendimento equoterápico só deverá ser iniciado mediante parecer favorável em avaliação médica, psicológica e fisioterápica. As atividades equoterápicas devem ser desenvolvidas por equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar, que envolva o maior número possível de áreas profissionais nos campos da saúde, educação e equitação.
Fontes:
– Associação Brasileira da Síndrome de Williams
– Associação Nacional de Equoterapia
– Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Pará
– PEREIRA, E.L.; BATAGLION, G. A.; MAZO, J. Z. Equoterapia, saúde e esporte: figurações da prática no Rio Grande do Sul, 1970-2000. História, Ciências, Saúde: Manguinhos, v. 27, n. 3, jul./set. 2020
– Rádio Senado
– Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal