18/5 – Dia de Conscientização sobre a Necessidade de Vacina Contra HIV/Aids
A infecção pelo HIV continua a ser uma das doenças infecciosas mais mortais e o desenvolvimento de uma vacina permanece uma prioridade de saúde global. Embora novas opções de tratamento e prevenção tenham mudado o panorama para melhor, ainda é necessário um imunizante para pôr um verdadeiro fim à pandemia do HIV/Aids.
– 39 milhões de pessoas vivendo com HIV/Aids em 2022;
– 1,3 milhões de pessoas contraíram o HIV em 2022;
– 24% das pessoas que vivem com HIV não têm acesso ao tratamento e podem infectar outras pessoas;
– São necessários 29 bilhões de dólares para a resposta global ao HIV/Aids até 2025;
– Mais de 20 ensaios clínicos de vacinas contra o HIV estão em andamento.
O Dia de Conscientização sobre a Necessidade de Vacina Contra HIV/Aids traz à tona a constatação de que é necessário agir com urgência para desenvolver novos e mais rápidos modelos para o avanço da ciência das vacinas contra o HIV, que possam se adaptar rapidamente ao que é aprendido.
Com 39 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo, o vírus HIV ainda sofre mutações que dificultam sua cura. Diferentemente de outros vírus, o HIV não induz uma resposta imune eficiente e protetora nas pessoas que foram infectadas. Isso compromete um princípio básico do desenvolvimento de vacinas que é o de induzir uma reação “semelhante a uma infecção natural” para que as pessoas fiquem protegidas.
De forma totalmente inédita, percebeu-se que uma vacina contra o HIV precisa ter como objetivo a indução de uma resposta imune protetora mais intensa e eficiente do que aquela que a própria infecção é naturalmente capaz de induzir em uma pessoa. Este grau de eficiência é algo que até hoje não foi alcançado com outras vacinas que, por princípio, induzem nas pessoas uma reação bem menos intensa do que seria a doença natural e com isso já são capazes de gerar proteção suficiente para evitar as formas graves e eventualmente fatais de uma doença.
Muitos desafios científicos complicam o desenvolvimento de vacinas contra o HIV:
– O HIV por si só não é facilmente reconhecido pelo sistema imunológico. Densos aglomerados de moléculas de açúcar escondem alvos no vírus para anticorpos neutralizantes.
– O HIV é enormemente variável geneticamente dentro e entre populações e até mesmo em um indivíduo. Uma vacina eficaz terá de bloquear um grande número de formas geneticamente variáveis do vírus.
– Ninguém jamais se livrou do HIV por conta própria. Como não há um modelo natural de imunidade protetora, não se tem um modelo de como deveria ser a imunidade induzida pela vacina.
– O HIV ataca furtivamente as células do sistema imunológico e insere nelas seu modelo genético. Uma vacina eficaz terá de estimular uma resposta tão forte que qualquer vírus que entre no corpo seja imediatamente neutralizado antes de começar a reproduzir-se dentro das células.
Dadas estas complexidades, as abordagens tradicionais ao desenvolvimento de vacinas não conseguiram até agora resultar num imunizante que proporcionasse proteção contra o HIV.
Com avanços significativos na ciência das nanopartículas de proteínas, na tecnologia de mRNA, no desenvolvimento de adjuvantes e na análise de células B e de anticorpos, uma nova onda de ensaios clínicos está a caminho.
E com tantas abordagens novas em desenvolvimento, a HIV Vaccine Trials Network está se reformulando para navegar num campo em expansão e identificar os regimes mais promissores.
A Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV na sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. Continue lendo!
Fontes:
Agência Brasil
International AIDS Vaccine Initiative (IAVI)
Medscape Medical News