Ministério da Saúde divulga orientações para profissionais da saúde, gestantes, lactantes e puérperas sobre a varíola dos macacos
Para evitar casos da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, e prevenir a transmissão da doença especialmente na gravidez, o Ministério da Saúde publicou, na segunda-feira (1º/8), orientações para profissionais da saúde, gestantes, lactantes e puérperas que apresentem sintomas ou casos positivos da doença.
Para profissionais da saúde que estejam envolvidos no atendimento, entre as recomendações, estão:
Em gestante assintomática pós-exposição ao vírus:
- em caso de teste negativo – O monitoramento será suspenso;
- em caso de teste positivo – Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas;
- A gestante também será instruída à automonitoração, acompanhando sua temperatura e o aparecimento/evolução das lesões cutâneas.
Para gestantes com sinais ou sintomas suspeitos de varíola dos macacos:
- em caso de teste negativo – Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas e orientada a automonitoração. O teste deve ser feito novamente caso os sintomas persistam;
- em caso de teste positivo – Levando em consideração maior risco, é indicada a hospitalização da gestante nos casos moderados, graves e críticos;
- dentro do conhecimento disponível até o momento, os profissionais de saúde devem saber que: as gestantes devem ficar em isolamento domiciliar com acompanhamento pela equipe assistencial, em caso de doença com quadro clínico leve;
- as pacientes com casos de maior gravidade devem ser acompanhadas em regime de internação hospitalar;
- não há ainda protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal;
- o monitoramento da vitalidade fetal deve ser cuidadoso nas pacientes com a doença moderada, grave ou crítica, em vista da constatação de maior morbimortalidade do concepto nestes casos;
- a via e o momento do parto têm indicação obstétrica e a cesárea como rotina não está indicada nestes casos; o aleitamento deve ser analisado de acordo com o quadro clínico cada caso específico.
Tratamento na gravidez:
Apesar da doença transmitida pelo vírus monkeypox ser considerada uma doença autolimitada, que geralmente apresenta cura espontânea, em alguns casos, pode haver a necessidade de tratamento medicamentoso específico, sobretudo em pessoas imunossuprimidas.
Na maioria das vezes, só há indicação de uso de tratamento sintomático para febre e dor. Nos casos que apresentem lesões mais significativas, algumas medicações podem ser consideradas após avaliação médica.
Em geral, as gestantes apresentam quadros leves e autolimitados da doença; nestas não há indicação de antecipar o parto. As recomendações do Ministério da Saúde para gestantes, puérperas e lactantes são:
- afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades, e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);
- usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
- estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;
- mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus;
- procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.
Confira aqui a Nota Técnica com as recomendações do MS
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