29/9 – Dia Mundial do Coração
As centenas de organizações-membro da World Heart Federation (WHF), as inúmeras escolas, universidades, clubes esportivos e a vibrante comunidade da cardiologia fazem do Dia Mundial do Coração uma celebração verdadeiramente global, abrangendo seis continentes.
As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo. Combinadas, as condições que afetam o coração ou os vasos sanguíneos, como ataque cardíaco, derrame e insuficiência cardíaca, matam mais de 20,5 milhões de pessoas a cada ano. A maioria dessas mortes acontece em países de baixa e média renda.
No Brasil, não é diferente. DCV matam anualmente 400 mil brasileiros – uma morte a cada 90 segundos, 46 mortes por hora, 1100 mortes por dia – números que revelam uma crise de saúde pública que não pode ser ignorada.
Os principais riscos cardiovasculares são o colesterol alto, o diabetes e a hipertensão, além do excesso de peso, sedentarismo, estresse, falta de sono adequado, entre outros. 5 em cada 10 brasileiros possui algum fator de risco.
É preciso reduzir esses números e isso é possível, pois 80% das mortes prematuras por DCV são evitáveis. Pequenas mudanças no estilo de vida relacionadas à alimentação, à atividade física e à administração do estresse podem melhorar a saúde cardíaca e vencer as DCV.
Principais fatores de risco cardiovascular:
– Estresse excessivo: Consequência do ritmo da vida moderna, o estresse é inevitável e é preciso aprender a conviver com ele;
– Sedentarismo: A falta de atividade física é importante fator de risco para as doenças cardiovasculares. O sedentarismo contribui para o desenvolvimento de hipertensão arterial, obesidade, diabetes, colesterol elevado e outas doenças. 150 minutos por semana de exercício moderado a intenso, seguem firme e forte e cada vez mais fundamentais;
– Tabagismo ou exposição à nicotina: A maior causa evitável de mortes no mundo é o tabagismo. O fumante tem risco de morte súbita até quatro vezes maior do que não fumantes. O vício do cigarro aumenta as chances de ter infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC, derrame), angina e outras doenças, como o câncer;
– Obesidade: Doença crônica que engloba fatores sociais, comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos. Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura corporal, que pode ser causado pelo excesso de consumo de calorias e/ou sedentarismo. O sobrepeso e a obesidade contribuem de forma importante para o desenvolvimento de doenças crônicas, como as cardíacas, e outras;
– O consumo excessivo de álcool pode ser danoso à saúde do coração e está relacionado ao desenvolvimento de hipertensão, alteração no ritmo do coração e aumento de peso;
– Colesterol elevado: Substância gordurosa importante para vários processos orgânicos, entre eles, a formação das células, a produção de hormônios, de vitamina D e de ácidos que ajudam a digerir as gorduras. O problema é que o ser humano necessita apenas de uma pequena quantidade de colesterol no sangue, produzida quase que totalmente pelo fígado. O excedente acaba se acumulando nas paredes das artérias, aumentando o risco de problemas cardiovasculares, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral;
– Diabetes: Caracterizada pela elevação do açúcar no sangue, o que acarreta prejuízos sérios ao organismo. A maioria dos alimentos que ingerimos é transformada em açúcar ou glicose, utilizado como fonte de energia pelo nosso organismo. A insulina produzida pelo pâncreas, é o hormônio responsável pela entrada de glicose nas células, que será utilizada como fonte de energia.
Histórico familiar de diabetes pode aumentar significativamente o risco de desenvolver a doença. Diabetes não tratado pode levar à cegueira, doenças renais, doenças nervosas, amputações de membros e às doenças cardiovasculares. É importante fator de risco para o acidente vascular cerebral e doenças coronárias, incluindo o infarto agudo do miocárdio;
– Hipertensão: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) ou Pressão Alta (PA), sozinha, é a principal causa de doenças do coração, dos rins, de acidente vascular cerebral, de comprometimento das artérias e dos olhos;
– Sono insuficiente: O sono de qualidade é um fator importante para a saúde do coração e das artérias. O ideal é que um adulto durma, em média, de 7 a 9 horas de sono por noite.
Prevenção das DCV:
– Abandonar o sedentarismo, o tabagismo e praticar atividade física, conforme orientação médica;
– Fazer trinta minutos de caminhada, pelo menos três vezes por semana, já é benéfico ao coração;
– Manter uma alimentação saudável, sem gorduras ou frituras, dando preferência às carnes brancas;
– Inserir vegetais, folhas e legumes nas refeições;
– Trocar a sobremesa calórica por uma fruta;
– Evitar o consumo excessivo de açúcar, massas, pães e alimentos industrializados;
– Restringir a ingestão de bebidas alcoólicas.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) idealizou a campanha “Setembro Vermelho – Cada Coração Importa”, que visa sensibilizar e mobilizar a população para a importância de preservar a saúde do coração, destacando a gravidade das doenças cardiovasculares e conscientizando sobre a negligência que pode levar ao óbito de inúmeras pessoas.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
World Heart Federation