22/4 – Dia Nacional da Tontura


 

22 de abril, Dia Nacional da Tontura, marca o nascimento de Robert Barany, cientista austríaco que recebeu o Prêmio Nobel de 1914 em Fisiologia ou Medicina por seu trabalho na área da otologia (estudo do ouvido) e considerado o criador da especialidade que estuda o universo das tonturas, chamada otoneurologia.

A data comemorativa foi criada com o objetivo de informar a população geral e os profissionais da saúde sobre esse sintoma, e não uma doença, que está relacionado a mais 40 tipos de condições de saúde que causam tontura – considerada a segunda queixa mais frequente do ser humano.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019 afirmaram que o problema atinge cerca de 30% da população mundial.

Apesar de comum, o tema ainda gera muitas dúvidas e o maior erro é achar que toda tontura é labirintite – considerada uma rara inflamação do labirinto, órgão sensorial que detecta os movimentos.

O termo ‘tontura’ é utilizado para descrever diversos sintomas, como, fraqueza, desequilíbrio, cabeça atordoada, vertigens ou sensação de desmaio. No caso da vertigem, ocorre a particularidade de a pessoa sentir que ela ou o meio onde se encontra estejam rodando ou movendo-se.

É importante ressaltar que as causas não são sempre as mesmas. A tontura pode estar relacionada até mesmo a doenças cardiovasculares, metabólicas, neurológicas, alterações emocionais e na coluna cervical.

A duração e a intensidade da tontura podem variar de pessoa para pessoa. Por isso, é necessário observar outros sintomas que possam estar associados para ajudar a determinar a causa do problema.

Assim, o paciente deve passar por uma avaliação profissional adequada que inclua a observação médica somada aos meios auxiliares que podem ser úteis para o diagnóstico como exames de imagem, avaliação neurológica, oftalmológica e otorrinolaringológica.

 

Sintomas:

Os mais comuns são a falsa sensação de movimento ou de rotação (vertigem), percepção de desmaio, perda de equilíbrio ou instabilidade, cabeça pesada ou um estado de flutuação.

Estes sintomas podem ser causados por múltiplas condições médicas que interferem com os sinais provenientes do cérebro. As tonturas aumentam o risco de quedas e acidentes que podem ser fatais. Por outro lado, se a doença de base não for devidamente diagnosticada e tratada, podem ocorrer outras complicações a longo prazo.

Embora muitos casos de tontura sejam temporários e benignos, há alguns sinais de alerta que podem indicar a necessidade de uma avaliação médica urgente. Sendo assim, as pessoas precisam de atendimento imediato ao apresentarem, também, os seguintes sinais:

– Dor no peito, falta de ar e palpitações: estes podem ser sinais de um problema cardíaco e requerem avaliação para descartar condições graves, como um ataque cardíaco.

– Fraqueza no corpo, dificuldade em falar ou visão turva: podem indicar um acidente vascular cerebral (AVC).

– Dor de cabeça intensa e súbita, rigidez no pescoço e febre alta: são sintomas de meningite e exigem atenção médica urgente para evitar complicações.

– Queda ou desmaio: nesse caso, é importante procurar avaliação médica para determinar a causa e prevenir lesões decorrentes de quedas.

– Dificuldade em falar, mudança na visão e perda de equilíbrio: esses sinais podem indicar problema neurológico grave, como um tumor cerebral ou uma enxaqueca complicada.

Cada uma das causas da tontura pode exigir uma abordagem específica de diagnóstico e tratamento. Contar com uma equipe de otorrinolaringologistas, neurologistas, cardiologistas, endocrinologistas, entre outros, pode fornecer uma avaliação completa e abrangente para identificar a origem.

 

Tratamento:

O tratamento depende da causa e dos sintomas associados. Pode passar pela realização de manobras que incidem sobre a posição da cabeça, pelo controle de doenças do ouvido interno, pela abordagem das enxaquecas ou da ansiedade. Considerando as suas várias origens, a terapêutica tem de ser individualizada e, com frequência, multidisciplinar.

 

Prevenção:

A tontura é um sintoma com várias causas sendo difícil preveni-la totalmente. Entretanto, é possível adotar algumas práticas para evitar seu surgimento ou piora ao longo do dia:

– Manter boa hidratação;
– Evitar o consumo de açúcar em excesso;
– Evitar a ingestão excessiva de bebidas energéticas e estimulantes, como café, energéticos e chá mate;
– Evitar o consumo de sal em excesso;
– Procurar não se levantar de maneira repentina;
– Alimentar-se corretamente, de preferência de 4 em 4 horas;
– Não fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcóolicas;
– Procurar dormir bem, pelo menos 8 horas por dia;
– Fazer check-ups médicos pelo menos uma vez por ano.

 

Fontes:

Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (CREMEPE)
Dr. Dráuzio Varella
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) / Hospital das Clínicas da UFMG
Jornal da USP
Vale Saúde (SP)

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