16/5 – Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca 2025


 

Desde 2020, organizações de apoio à doença celíaca em todo o mundo se unem nesta campanha de conscientização sobre a doença, a insegurança alimentar relacionada à ingestão de alimentos sem glúten, a necessidade de mais pesquisas e muito mais!

Segundo a Celiac Disease Foundation:

– 1 em 100 é o número de pessoas afetadas pela doença celíaca no mundo, mas apenas cerca de 30% são diagnosticados corretamente;
– 50% dos pacientes diagnosticados ainda relatam sintomas mesmo durante a dieta sem glúten;
– 1 em cada 10 membros da família também tem doença celíaca;
– de 2 a 4 vezes é o aumento do risco de doença arterial coronariana/câncer do intestino delgado entre os celíacos.

 

De acordo com dados da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), estima-se que, no País, existam aproximadamente 2 milhões de celíacos, sendo a maioria não diagnosticada. No mundo, a estimativa é de que 1% da população seja celíaca.

 

A doença celíaca é uma enfermidade autoimune, ou seja, as células de defesa agridem as próprias células do organismo, causando um processo inflamatório. É desencadeada por mecanismos semelhantes aos de uma alergia: ao entrar em contato com o glúten, proteína presente no trigo, cevada e centeio, o sistema imunológico entende que se trata de um elemento estranho e se volta contra ele.

Esse processo inflamatório ocorre na parede interna do intestino delgado e leva à atrofia das vilosidades intestinais, gerando diminuição da absorção dos nutrientes.

As manifestações gastrointestinais mais comuns são diarreia intensa e repetitiva, além de desconforto abdominal, porém, é possível que a condição produza cerca de 200 sintomas.

O celíaco pode apresentar, ainda, perda de peso, anemia, distensão abdominal, cansaço e indisposição. No caso das crianças, pode haver comprometimento do desenvolvimento, baixa estatura, vômitos, enfraquecimento muscular e dores abdominais recorrentes.

Alterações nas enzimas do fígado, da pele, e a perda da capacidade de absorção dos nutrientes desencadeia quadros de anemia, desnutrição, osteoporose e alguns tipos de tumores, principalmente os linfomas do aparelho digestivo. Em gestantes, a condição leva a um risco maior de aborto.

 

Tratamento e prevenção:

Diante dos problemas provocados pelo consumo de glúten, uma alimentação livre dessa proteína é o tratamento mais eficaz para controlar a doença. Em vez de trigo, aveia, centeio, cevada e malte, bem como seus derivados, entre eles a farinha e os cereais matinais, é possível utilizar maisena, farinhas de milho, de batata, de arroz, de soja e de mandioca como ingredientes. Biscoitos, pães e confeitos podem ser feitos de arroz ou de polvilho. Canjica, flocos de milho e de arroz também são ótimas alternativas.

 

Desde 2003, a legislação brasileira obriga que todos os alimentos prontos tenham estampadas no rótulo informações sobre a presença ou não de glúten. A Lei nº 10.674, determina que:

“Todos os alimentos industrializados deverão conter em seu rótulo e bula, obrigatoriamente, as inscrições “contém glúten” ou “não contém glúten”, conforme o caso.

A advertência deve ser impressa nos rótulos e embalagens dos produtos respectivos assim como em cartazes e materiais de divulgação, em caracteres com destaque, nítidos e de fácil leitura. ”

 

Fontes:

Celiac Disease Foundation
Dr. Dráuzio Varella
Ministério da Saúde
Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein

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