21/6 – Dia Nacional de Controle da Asma 2025
O Dia Nacional de Controle da Asma, comemorado no Brasil em 21 de junho, tem como objetivo aumentar a conscientização sobre as medidas preventivas e de controle dessa doença crônica que está entre as mais comuns no País. A data coincide com o dia de início do inverno, período em que os sintomas se agravam por conta das baixas temperaturas e da maior permanência das pessoas em ambientes fechados.
De acordo com a literatura médica, cerca de 10% da população tem o traço genético da asma e apresenta indícios de rinite alérgica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam aproximadamente 150 milhões de asmáticos em todo o mundo.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, há cerca de 20 milhões de brasileiros asmáticos, entre crianças e adultos e, anualmente, ocorrem 350.000 internações devido a casos mais extremos – a terceira maior causa de hospitalização no Sistema Único de Saúde (SUS).
A asma é uma doença inflamatória crônica que afeta as vias respiratórias. A condição provoca o estreitamento dos brônquios (canais que levam ar aos pulmões), dificultando a passagem do ar e provocando contrações ou broncoespasmos. Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco, aumentando o desconforto respiratório.
Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufocamento. Sua gravidade varia de pessoa para pessoa, sendo classificada como leve, moderada ou grave.
Causas:
A causa exata da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que um conjunto de fatores estejam envolvidos, como os genéticos (história familiar de alergias respiratórias – asma ou rinite) e os ambientais.
A asma pode ser desencadeada ou agravada por:
– Alergias: pó domiciliar, ácaros, fungos, polens, pelo e saliva de animais, fezes de barata;
– Infecções respiratórias virais;
– Agentes irritantes (fumaça em geral e principalmente de cigarro, poluição do ar, aerossóis etc.);
– Variações climáticas como exposição ao frio;
– Alterações emocionais;
– Uso de alguns medicamentos (aspirina, anti-inflamatório não hormonal, betabloqueadores);
– Exercícios físicos;
– História familiar de asma e ou rinite.
Sintomas:
Os principais sintomas são episódios recorrentes de falta de ar; tosse crônica; chiado e aperto no peito; respiração rápida e curta; desconforto torácico; ansiedade. Pode haver piora à noite ou com a prática de atividades físicas.
Tratamento:
O tratamento da asma constitui-se em uma parceria entre médico, paciente e familiares, com foco na orientação e na identificação dos fatores desencadeantes e agravantes, especialmente no ambiente domiciliar.
A maioria dos pacientes com asma é tratada com dois tipos de medicamentos:
Os controladores ou de manutenção, usados para prevenir o aparecimento dos sintomas e evitar as crises e os medicamentos de alívio ou de resgate, para aliviar os sintomas quando houver piora da condição.
As medicações controladoras reduzem a inflamação dos brônquios diminuindo o risco de crises e evitam a perda da capacidade respiratória futuramente. O uso correto da medicação controladora diminui muito ou até elimina a necessidade da medicação de alívio.
Complicações da asma:
A asma pode desencadear uma série de processos com potencial de gerar complicações. As principais são:
– Redução da capacidade de se exercitar ou fazer outras atividades;
– Insônia;
– Alterações permanentes no funcionamento dos pulmões;
– Tosse persistente;
– Dificuldade para respirar a ponto de precisar de auxílio (ventilação);
– Hospitalização e internação por crises severas;
– Efeitos colaterais de medicações usadas para seu controle;
– Morte.
Prevenção e controle:
Medidas simples de controle ambiental são fundamentais para diminuir o contato com os principais fatores desencadeantes da asma, como os ácaros e a poeira doméstica:
– Deixar o ambiente de convívio diário, principalmente o quarto, bem limpo e arejado;
– A limpeza deve ser diária com aspirador de pó (de preferência que tenha o filtro HEPA) e pano úmido, sem produtos com cheiro forte;
– Não usar vassouras nem espanadores, pois espalham a poeira fina, que ficará em suspensão e voltará a se depositar nas superfícies;
– Retirar tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, estantes com livros e tudo o mais que possa acumular pó;
– Encapar colchões e travesseiros com tecido específico, para criar uma barreira física contra os ácaros;
– Evitar animais dentro de casa;
– Não fumar e evitar ambientes fechados com pessoas fumando.
Fontes:
Associação Brasileira de Asmáticos – São Paulo
Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS)
Dr. Dráuzio Varella
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE – SP)
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia