Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por Papilomavírus Humano é publicada
O Brasil passa a contar com uma Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por Papilomavírus Humano. O vírus, mais conhecido como HPV, afeta a pele e as mucosas e é considerada a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. A política foi instituída pela Lei nº 15.174, publicada em 23/7/2025, e passa a vigorar em 90 dias.
São diretrizes da Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por Papilomavírus Humano:
I – Desenvolvimento de ações e de debates e articulação entre órgãos públicos, sociedade civil e instituições de pesquisa;
II – Divulgação da possibilidade de prevenção da infecção por HPV e do câncer de colo de útero e pênis;
III – Realização de ações intersetoriais para ampliar o acesso à informação sobre a infecção por HPV;
IV – Ampliação do acesso à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento de infecção por HPV de acordo com as normas regulamentadoras;
V – Incentivo ao acesso universal aos meios de prevenção, de diagnóstico, de tratamento e de reabilitação;
VI – Estímulo à notificação e aperfeiçoamento do sistema de informações;
VII – Estímulo à realização de pesquisas em prevenção, em diagnóstico e em tratamento de infecção por HPV.
Existem mais de 200 tipos de HPV, alguns dos quais podem causar verrugas genitais, enquanto outros estão associados a tumores malignos, como o câncer do colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta. A vacinação contra o HPV, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a forma mais eficaz de prevenção, aliada ao uso de preservativos, que ajudam a reduzir o risco de contágio.
A Política Nacional de Enfrentamento lista, além das ações preventivas e da vacinação, iniciativas de natureza diagnóstica, como exame físico, testes locais, colposcopia (exame ginecológico), citologia, biópsia e testes moleculares. As ações também incluem as de natureza curativa, com tratamento local domiciliar e tratamento ambulatorial. A política determina que será ofertado acompanhamento clínico aos parceiros de pessoas com infecção por HPV.
A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais visíveis. A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar lesões.
A maioria das infecções tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em até 24 meses. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e pessoas com imunidade baixa. O diagnóstico é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais. Para outras informações, consulte a página do Ministério da Saúde sobre o HPV.
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