Agosto Dourado: Mês do Aleitamento Materno no Brasil
O mês do Aleitamento Materno no Brasil foi instituído pela Lei nº 13.435/2017 e determinou, ainda, que no decorrer do mês de agosto sejam intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, tais como:
– Realização de palestras e eventos;
– Divulgação nas diversas mídias;
– Reuniões com a comunidade;
– Ações de divulgação em espaços públicos;
– Iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada.
A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno – fonte de vida, vínculo e proteção – motivo pelo qual a campanha pelo incentivo à amamentação é conhecida como ‘Agosto Dourado’.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que a amamentação é a intervenção isolada com maior potencial de impacto na redução da mortalidade infantil. Pode prevenir até 13% das mortes de crianças menores de cinco anos em todo o mundo.
Para os bebês prematuros, esse impacto é ainda mais decisivo, pois o leite materno atua como um verdadeiro remédio: fortalece o sistema imunológico, reduz o risco de infecções graves, favorece o crescimento e protege contra doenças como a enterocolite necrosante, uma das principais causas de óbito entre prematuros. Mesmo diante dos desafios — como a extração do leite na UTI neonatal, o uso de sonda ou a dificuldade de sucção —, a amamentação é possível e deve ser incentivada e apoiada por todos.
O aleitamento materno é uma das prioridades do Governo Federal. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses, o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos seis meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e próprios dos hábitos da família, mas não deve ser interrompida.
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve profunda interação entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
Benefícios da amamentação:
– Para a sociedade e o planeta: O leite materno é uma fonte sustentável de alimento, pois não gera poluição e não demanda energia, água ou combustível para sua produção, armazenamento e transporte, diferentemente dos substitutos do leite materno. Ele também ajuda a reduzir os custos do sistema de saúde, minimizando o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Adicionalmente, contribui para a melhoria da nutrição, educação e saúde da sociedade.
– Para o bebê: O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes; há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.
– Para a mulher: Amamentar reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver câncer de mama, ovários e colo do útero no futuro. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho.
Importante: Nos primeiros seis meses de vida, recomenda-se que o bebê seja amamentado exclusivamente, sendo desnecessária a oferta de água, chás e outros leites, mesmo em locais secos e quentes. O colostro nos primeiros dois a três dias de vida, é suficiente para nutrir e hidratar recém-nascidos saudáveis e eles não necessitam de qualquer outro líquido além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos.
Confira respostas às principais dúvidas sobre amamentação!
Fontes:
Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros (Prematuridade.com)
Ministério da Saúde
Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar – International Baby Food Action Network (IBFAN Brasil)
Universidade Federal de Alagoas