01/8 – Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo
O Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo foi instituído no Brasil pela Lei nº 12.627/2012 com o objetivo de aumentar a conscientização, apoiar, educar e combater o preconceito a respeito da doença.
A condição caracteriza-se por manchas esbranquiçadas na pele, provocadas por alterações na quantidade das células que produzem a melanina, proteína responsável pela pigmentação da pele e, consequentemente levam à diminuição da cor.
Suas causas ainda não estão claramente estabelecidas, mas alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que a desencadeiam ou agravam.
O vitiligo é uma condição completamente benigna, que não se transforma em câncer, não causa qualquer tipo de dor e tampouco gera problemas para a saúde física da pessoa que lida com ele. No entanto, os prejuízos e complicações da doença costumam ser emocionais, pois, os indivíduos acometidos podem ter sua autoestima bastante afetada, o que gera situações de ansiedade, episódios de depressão e muitos outros problemas psicológicos.
Infelizmente é comum encontrar pessoas que acham que o vitiligo é contagioso e, por conta da desinformação e da não aceitação da diversidade, indivíduos afetados enfrentam discriminação e preconceito por causa da característica de suas peles.
Sintomas:
O vitiligo pode se manifestar de diferentes formas em pessoas distintas. No entanto, os seus principais sintomas são:
– Perda da coloração da pele, que acontece de maneira irregular;
– Possível clareamento dos pelos do corpo e cabelos, incluindo cílios e barba;
– Alteração no tom das mucosas (tecido que reveste áreas como o interior da boca e os genitais).
No vitiligo, não há presença de dor, coceira ou qualquer outra alteração cutânea. No entanto, pode ser que a área afetada fique mais sensível, o que exige um cuidado maior com a região.
Tipos:
Segmentar ou Unilateral: manifesta-se apenas em uma parte do corpo, normalmente quando o paciente ainda é jovem. Pelos e cabelos também podem perder a coloração.
Não segmentar ou bilateral: é o tipo mais comum manifestando-se nos dois lados do corpo, por exemplo, duas mãos, dois pés, dois joelhos. Em geral, as manchas surgem inicialmente em extremidades como mãos, pés, nariz, boca. Há ciclos de perda de cor e épocas em que a doença se desenvolve, e depois, há períodos de estagnação. Estes ciclos ocorrem durante toda a vida; a duração dos ciclos e as áreas despigmentadas tendem a se tornar maiores com o tempo.
Tratamento:
O tratamento deve ser discutido com um dermatologista, conforme as características de cada paciente. Dentre as opções terapêuticas está o uso de medicamentos que induzem a repigmentação das regiões afetadas. Também é possível utilizar tecnologias como o laser, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos.
É importante lembrar que a doença pode ter um excelente controle com a terapêutica adequada e repigmentar completamente a pele, sem nenhuma diferenciação de cor.
Prevenção:
Não existem formas de prevenir o vitiligo. Como em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, os parentes de indivíduos afetados devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação, a fim de detectar e tratar a doença precocemente.
Os pacientes já diagnosticados com vitiligo, devem evitar os fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes:
– Não usar roupas apertadas ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele;
– Diminuir a exposição ao sol;
– Controlar o estresse.
Recomendações:
– Ao notar o aparecimento de manchas brancas na pele procurar um dermatologista para diagnóstico e tratamento;
– Tomar sol com cuidado, por períodos curtos, usando protetor solar e evitando a exposição entre 10h e 16h;
– Reaplicar o protetor solar a cada 2 horas, especialmente se estiver na praia ou na piscina;
– Hidratar a pele normalmente. Pessoas com vitiligo não precisam de hidratantes nem sabonetes especiais.
Fontes:
Dr. Dráuzio Varella
Hospital Israelita Albert Einstein: Blog Vida Saudável
Sociedade Brasileira de Dermatologia