Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal – 1 a 7 de novembro


 

A Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal é uma campanha instituída pela Lei nº 13.230/2015 com os principais objetivos de:

– Estimular ações preventivas e campanhas educativas relacionadas ao câncer bucal;
– Promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal;
– Apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle do câncer bucal;
– Difundir os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer bucal.

 

O câncer de boca está entre os 10 tipos de câncer mais comuns no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 15,1 mil novos casos são esperados anualmente no período de 2023-2025, sendo que 72% desses diagnósticos ocorrem em homens. A maioria dos casos ainda é diagnosticada tardiamente, o que reduz as chances de cura e exige tratamentos mais complexos e de alto custo.

Este tipo de câncer é o que acomete a boca e parte da garganta. Pode se desenvolver nos lábios, língua e região embaixo dela, céu da boca, gengiva, bochecha, amígdala e glândulas salivares.

 

Sintomas:

Nos casos mais avançados observa-se:

Obs.: Esses sinais podem ser causados também por outras doenças e não significa necessariamente câncer. É essencial estar atento a esses sinais e a qualquer mudança na coloração ou no aspecto da boca e, ao notar alguma anormalidade, procurar um profissional de saúde para investigar.

 

Fatores de risco:

Algumas características, condições ou comportamentos estão relacionados ao aparecimento do câncer bucal. Dentre eles, destacam-se:

– Tabagismo:  quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como cigarro de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, rapé, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros, têm risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de orofaringe do que não fumantes. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco de câncer.

– Consumo de bebidas alcoólicas: o consumo combinado de bebidas alcoólicas e de tabaco aumenta ainda mais o risco de desenvolver câncer de boca.

– Idade: o risco de desenvolver câncer aumenta com o envelhecimento. O câncer de boca é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos.

– Exposição ao sol sem proteção representa risco importante para o câncer de lábios.

– Excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade) aumenta o risco de câncer de boca.

– Infecção pelo vírus HPV está relacionada a alguns casos de câncer de orofaringe.

– Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxico está associada ao desenvolvimento de câncer de boca.

Os trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.

 

Tratamento:

Na grande maioria das vezes o tratamento é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. O cirurgião de Cabeça e Pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia exclusivas são indicadas em alguns casos específicos.

A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento. Em todas as etapas do tratamento é importante o aspecto interdisciplinar (com a participação de vários profissionais de saúde) visando a prevenir complicações e sequelas.

 

Prevenção:

– Não fumar. Se já for fumante, tentar parar. As unidades de saúde oferecem tratamento do tabagismo.
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
– Manter o peso corporal adequado.
– Manter boa higiene bucal.
– Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral.
– Visitar regularmente o dentista.

 

Importância do diagnóstico precoce:

O câncer de boca pode ser detectado em fase inicial, quando o tratamento é mais efetivo, aumentando as chances de cura. Para isso, é importante estar atento a qualquer alteração na boca, desde mudanças na coloração até o surgimento de lesões parecidas com aftas, que não cicatrizem em até 15 dias. Nesses casos, deve-se procurar imediatamente a unidade de saúde para ser examinado por um dentista ou médico.

Quando uma lesão suspeita é identificada, a biópsia (remoção de um pequeno pedaço da lesão para exame laboratorial) deve ser realizada para avaliação. Se confirmado o câncer, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para tratamento especializado.

Fumantes e pessoas que consomem bebidas alcóolicas frequentemente têm maior risco de desenvolver câncer de boca e por isso devem estar especialmente atentos a sinais e sintomas suspeitos.

É aconselhável, ainda, aproveitar as consultas com o dentista ou médico para tirar dúvidas e, principalmente, relatar qualquer sinal ou sintoma diferente.

 

Fontes:

Conselho Federal de Odontologia
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ministério da Saúde
Prefeitura de Contagem (MG)
Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul

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