01/7 – Dia da Vacina BCG
A vacina BCG é composta pelo bacilo de Calmette-Guérin – origem do nome BCG – obtido pelo enfraquecimento de uma das bactérias que causam a tuberculose. O imunizante protege principalmente contra as formas graves da doença, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo) e foi criado em 1921 por Léon Charles Albert Calmette (1863-1933), médico francês, em associação com o veterinário francês Jean-Marie Camille Guérin (1872-1961).
A vacinação com a BCG não requer qualquer cuidado prévio; é feita em dose única, a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade. Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase têm indicação para receber o imunizante.
Na maioria das vezes, haverá uma reação no local da aplicação com posterior formação de cicatriz. É importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.
Importante: A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
Apesar de ser uma enfermidade antiga, a tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública. No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose, todos os anos.
Transmissão:
Pessoas saudáveis e infectadas podem não apresentar sintomas e, mesmo assim, transmitirem a bactéria. O contágio se dá de uma pessoa para a outra, através de gotículas de saliva da garganta. O compartilhamento de objetos não oferece risco. Pessoas com o sistema imunológico comprometido têm mais chance de desenvolver a doença, em especial, a forma grave e generalizada.
Sintomas:
– Tosse por 3 semanas ou mais;
– Febre vespertina;
– Sudorese noturna;
– Emagrecimento.
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse, que pode ser seca ou produtiva (com catarro).
Prevenção e controle:
Para prevenir a tuberculose é necessário vacinar todas as crianças, a partir do nascimento até os 4 anos de idade. A vacina, em dose única, é oferecida, gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde.
Recomenda-se que toda pessoa com sintomas respiratórios, ou seja, que apresente tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose, sendo fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima da residência para avaliação e realização de exames. Se o resultado for positivo para tuberculose, deve-se iniciar o tratamento o mais rápido possível e segui-lo até o final.
Tratamento:
O tratamento da tuberculose promove a cura completa quando feito de forma adequada, utilizando os medicamentos preconizados, com duração mínima de seis meses, devendo ser cumprido até o final. O papel dos profissionais de saúde em apoiar e monitorar o tratamento da tuberculose, por meio de um cuidado integral e humanizado, é muito importante.
Para isso, uma das principais estratégias adotadas para promover a adesão à terapia é o Tratamento Diretamente Observado (TDO) – modalidade que consiste em observar a tomada do medicamento pelo paciente, sob o olhar de um profissional de saúde ou por outros profissionais capacitados.
Esse regime de tratamento deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana, ou excepcionalmente, três vezes na semana, em local e horário acordados com o paciente e com o serviço de saúde. A pessoa com tuberculose necessita ser orientada, de forma clara, quanto às características da doença e do tratamento (duração e esquema, recomendações sobre a utilização dos medicamentos, eventos adversos, etc.).
Obs.: Logo nas primeiras semanas de tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a continuar o tratamento até o final, independentemente do desaparecimento dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose drogarresistente.
Fontes:
CAMPOS, Kelly Regina Silva: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SP)
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Imunizações