“Cuidados com a asma para todos”: 02/5 – Dia Mundial da Asma


 

O Dia Mundial da Asma, comemorado na primeira terça-feira do mês de maio, é organizado pela Iniciativa Global para a Asma, GINA, na sigla em inglês – uma organização colaboradora da Organização Mundial da Saúde, fundada em 1993, cujo objetivo é aumentar a conscientização sobre a doença em todo o mundo.

O tema escolhido para a campanha de 2023 é “Cuidados com a asma para todos”. A mensagem pretende promover o desenvolvimento e a implementação de programas eficazes de gestão da asma em todos os países.

A maior parte da carga de morbidade e mortalidade pela asma ocorre em países de baixa e média renda. A GINA se esforça para reduzir esse fardo, incentivando as lideranças globais para que garantam a disponibilidade e o acesso a medicamentos eficazes e de qualidade garantida.

A iniciativa visa aumentar e fortalecer o vínculo com os formuladores de diretrizes locais e internacionais e se compromete com recomendações específicas para a sustentabilidade ambiental, compartilhando preocupações sobre a saúde planetária com alta prioridade na segurança do paciente. Ela está trabalhando para melhorar a vida das pessoas com asma em todo o mundo, e a colaboração multifacetada para a melhoria de todos os aspectos do tratamento da doença, para os pacientes e para o meio ambiente, é vital.

A asma é uma doença pulmonar inflamatória crônica em que ocorre o estreitamento dos brônquios, canais que levam ar aos pulmões, dificultando a passagem do ar e provocando contrações ou broncoespasmos.

O sistema respiratório é o nome dado ao conjunto de órgãos e tecidos que permitem a ocorrência da respiração. Esse processo pode ser dividido em duas partes: ventilação e respiração celular (células do corpo).

A ventilação é formada pela via aérea superior (fossas nasais, faringe e laringe) e a via aérea inferior (traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos), partes responsáveis pela condução do oxigênio presente no ar para dentro dos pulmões e dos gases produzidos nos pulmões para o meio externo. Já a respiração celular é o processo em que as células do nosso organismo utilizam o oxigênio captado para produzir energia, e então devolvendo um outro gás (dióxido de carbono – um dos produtos do metabolismo celular) eliminado ao ambiente.

Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco, o que aumenta o problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufocamento.

Por causa de uma predisposição ambiental, genética e/ou imunológica, pode ocorrer uma resposta desproporcional dos brônquios, responsáveis pelo fluxo respiratório, levando a uma dificuldade na capacidade ventilatória da respiração.

Os principais sintomas são episódios recorrentes de falta de ar, tosse crônica, chiado e aperto no peito; pode piorar à noite ou com atividades físicas.

A gravidade da asma varia de pessoa para pessoa, sendo classificada como leve, moderada ou grave. É uma das doenças crônicas mais comuns, afetando crianças e adultos, sendo considerada um problema mundial de saúde. Das mais de 339 milhões de pessoas com asma no mundo, cerca de 20 milhões estão no Brasil.

Causas:

A causa exata da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que é causada por um conjunto de fatores: genéticos (história familiar de alergias respiratórias – asma ou rinite) e ambientais. Vários fatores podem desencadear ou agravar a asma, tais como: alérgicos (pó domiciliar, ácaros, fungos, polens, pelo e saliva de animais, fezes de barata); infecção respiratória viral; agentes irritantes (fumaça em geral e principalmente de cigarro, poluição do ar, aerossóis etc.); variação climática como exposição ao frio; alteração emocional; medicamentos (aspirina, anti-inflamatório não hormonal, betabloqueadores); e exercícios. Alguns pacientes asmáticos podem apresentar história familiar de asma e ou rinite.

Tratamento:

O tratamento da asma é um programa de parceria entre médico, paciente e familiares, com foco na orientação e identificação dos fatores desencadeantes e agravantes, especialmente no ambiente domiciliar. A maioria dos pacientes com asma é tratada com dois tipos de medicação: (1) medicação chamada controladora ou de manutenção, para prevenir o aparecimento dos sintomas e evitar as crises de asma e, (2) medicação de alívio ou de resgate, para aliviar os sintomas quando houver piora da asma.

As medicações controladoras reduzem a inflamação dos brônquios diminuindo o risco de crises de asma e evitam a perda da capacidade respiratória futuramente. O uso correto da medicação controladora diminui muito ou até elimina a necessidade da medicação de alívio.

Medidas simples de controle ambiental são fundamentais para diminuir o contato com os ácaros e com o pó doméstico:

– deixar o ambiente do convívio diário, principalmente o quarto, bem limpo e arejado;
– a limpeza deve ser diária com aspirador (de preferência que tenha o filtro HEPA) e pano úmido, sem produtos com cheiro forte;
– não usar vassouras, pois espalham a poeira fina, que ficará em suspensão e voltará a se depositar;
– retirar tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, estantes com livros, enfim, tudo que facilite o acumulo de pó;
– encapar colchões e travesseiros com tecido específico, para criar uma barreira física contra o ácaro;
– evitar animais dentro de casa.


Fontes:

Associação Brasileira de Asmáticos – São Paulo
Dr. Dráuzio Varella
Global Initiative for Asthma (GINA)
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
Unafisco Saúde

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