“Doe sangue, doe esperança: juntos salvamos vidas” : 14/6 – Dia Mundial do Doador de Sangue 2025


 

O Dia Mundial do Doador de Sangue homenageia o dia de nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos.

Há vinte anos, em 14 de junho, países ao redor do mundo celebram esse dia dedicado a expressar gratidão aos doadores de sangue, voluntários e não remunerados, por suas contribuições que salvam vidas.

O slogan deste ano, “Doe sangue, doe esperança: juntos salvamos vidas”, destaca o impacto transformador que os doadores exercem sobre aqueles que precisam. Ainda, celebra o poder da comunidade e da solidariedade em salvar vidas através de um ato simples.

A campanha busca inspirar compartilhando histórias reais de pessoas cujas vidas foram salvas graças à doação de sangue ou experiências pessoais dos próprios doadores, incentivando doadores regulares a continuarem doando e motivando indivíduos saudáveis, especialmente jovens adultos, a se tornarem doadores pela primeira vez.

As atividades incluem eventos comemorativos, reuniões e workshops, cerimônias de agradecimento aos doadores, campanhas de redes sociais, transmissões especiais na mídia, eventos musicais e artísticos para agradecer aos doadores de sangue, publicação de histórias impactantes e outras ações que ajudem a promover o tema do Dia Mundial do Doador de Sangue.

 

Os objetivos são:

– Aumentar a conscientização pública sobre a necessidade crítica de doações de sangue e plasma e o impacto que elas têm na vida dos pacientes.

– Incentivar doadores novos e existentes a doar regularmente, ajudando a garantir um suprimento de sangue estável e suficiente;

– Destacar o impacto positivo do gesto para a saúde e o bem-estar de outras pessoas e promover os valores de solidariedade, compaixão e comunidade por meio da doação de sangue;

– Mobilizar apoio de governos e parceiros para investir e sustentar programas nacionais de sangue para que se alcance acesso universal a transfusões seguras em todo o mundo.

 

O sangue é um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio a cada parte do corpo, defender o organismo contra infecções e participar na coagulação. É um insumo insubstituível e que não pode ser produzido artificialmente: pessoas são a única fonte dessa matéria prima para uma transfusão.

No processo de doação um doador voluntário tem seu sangue coletado e armazenado em um banco de sangue ou hemocentro, para uso subsequente em transfusões.

Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas, plasma) e, assim, pode beneficiar vários pacientes com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.

 

No Brasil, estima-se que aproximadamente 1,8% da população doe sangue, mas o país tem potencial para aumentar esse percentual.

 

As transfusões de sangue fornecem suporte que salva vidas para:

– Mulheres com sangramento relacionado à gravidez e ao parto;
– Crianças que sofrem de anemia grave devido à malária ou à desnutrição;
– Procedimentos médicos e cirúrgicos complexos, melhorando as taxas de sobrevivência e a qualidade de vida de inúmeros pacientes;
– Pacientes com anemia falciforme, talassemia, hemofilia ou distúrbios de imunodeficiência;
– Resposta a emergências, ajudando a tratar pessoas feridas em desastres naturais, acidentes e conflitos armados.

 

A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação ocorre imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem, em média, cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. É pouco para quem doa e muito para quem precisa!

 

Pré-requisitos para ser doador de sangue:

– Levar documento de identidade com foto e órgão expedidor;
– Estar em boas condições de saúde;
– Ter entre 16 a 69 anos de idade (de 16 a 17 anos com autorização do responsável legal) e até 60 anos, se for a primeira doação;
– Intervalo entre doações de sangue de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens;
– Pesar mais do que 50 kg;
– Não estar em jejum;
– Após o almoço ou jantar, aguardar pelo menos 3 horas;
– Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
– Não ter tido parto ou aborto há menos de 3 meses;
– Não estar grávida ou amamentando;
– Não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva há menos de 12 meses;
– Não ter piercings em cavidade oral ou região genital;
– Não ter feito endoscopia ou colonoscopia há menos de 6 meses;
– Não ter tido febre, infecção bacteriana ou gripe há menos de 15 dias;
– Não ter fator de risco ou histórico de doenças infecciosas, transmissíveis por transfusão (hepatite após 11 anos, hepatite b ou c, doença de chagas, sífilis, aids, hiv, htlv i/ii);
– Não ter visitado área endêmica de malária há menos de 1 ano;
– Não ter tido malária;
– Não ter diabetes em uso de insulina ou epilepsia em tratamento;
– Não ter feito uso de medicamentos anti-inflamatórios há menos de 3 dias (se a doação for de plaquetas).

 

Fontes:

Agência Brasil
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
Fundação Hemocentro de Brasília
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)

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