“Faça certo, torne seguro!” : 17/9 – Dia Mundial da Segurança do Paciente
O cenário global da assistência médica vem mudando com os sistemas de saúde operando em ambientes cada vez mais complexos. Embora novos tratamentos, tecnologias e modelos de assistência possam ter potencial terapêutico, eles também podem representar novas ameaças à assistência segura. A segurança do paciente é um princípio fundamental da assistência e agora está sendo reconhecida como um grande e crescente desafio global de saúde pública. Os esforços mundiais para reduzir o fardo dos danos ao paciente não alcançaram mudanças substanciais nos últimos 15 anos, apesar do trabalho pioneiro em alguns ambientes assistenciais.
A segurança do paciente é uma estrutura de atividades organizadas que cria culturas, processos, procedimentos, comportamentos, tecnologias e ambientes na área da saúde que reduzem riscos de forma consistente e sustentável, reduzem a ocorrência de danos evitáveis, tornam os erros menos prováveis e reduzem seu impacto quando ocorrem. Cada ponto no processo de prestação de cuidados contém um certo grau de insegurança inerente.
Políticas claras, capacidade de liderança organizacional, dados para impulsionar melhorias, profissionais de saúde qualificados e envolvimento efetivo de pacientes e familiares no processo de atendimento são necessários para garantir avanços sustentáveis e significativos na segurança dos cuidados de saúde.
A celebração do Dia Mundial da Segurança do Paciente foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, tornando-se uma oportunidade para conscientizar o público e promover a colaboração entre pacientes, profissionais de saúde, formuladores de políticas e líderes da área para melhorar a segurança do paciente.
Em 2024, a campanha traz o tema “Melhorar o diagnóstico para a segurança do paciente” com o slogan “Faça certo, torne seguro! ”, destacando a importância crítica do diagnóstico correto e oportuno para garantir assistência segura ao paciente e melhores resultados de saúde.
O diagnóstico para identificar o problema de saúde de um paciente é a chave para o cuidado e o tratamento de que ele precisa. O erro de diagnóstico é uma falha em estabelecer uma explicação correta e oportuna do problema de saúde de um paciente, o que pode incluir diagnósticos atrasados, incorretos ou perdidos, ou uma falha em comunicar essa explicação ao paciente.
A segurança diagnóstica pode ser significativamente melhorada ao abordar os problemas baseados em sistemas e fatores cognitivos que podem levar a erros de diagnóstico. Fatores sistêmicos são vulnerabilidades organizacionais que predispõem a erros de diagnóstico, incluindo falhas de comunicação entre profissionais de saúde ou profissionais de saúde e pacientes, cargas laborais pesadas e trabalho em equipe ineficaz. Fatores cognitivos envolvem treinamento e experiência do clínico, bem como predisposição a vieses, fadiga e estresse.
A OMS continuará trabalhando com todas as partes interessadas para priorizar a segurança do diagnóstico e adotar uma abordagem multifacetada para fortalecer os sistemas, criar caminhos diagnósticos seguros, apoiar os profissionais de saúde na tomada de decisões corretas e envolver os pacientes durante todo o processo de diagnóstico.
São necessários esforços conjuntos para reduzir significativamente os erros de diagnóstico por meio de diversas intervenções, que incluem:
– Garantir que os profissionais de saúde tenham um histórico completo do paciente;
– Realizar exames clínicos completos;
– Melhorar o acesso a testes diagnósticos;
– Implementar métodos para medir e aprender com os erros de diagnóstico;
– Adotar soluções baseadas em tecnologia.
Comemorando a data mundial, o Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis/ENSP/Fiocruz), promoveu o webinar ‘Melhorar o diagnóstico para a Segurança do Paciente’, que pode ser assistido no canal do Proqualis no Youtube
Confira os objetivos da campanha anual e as atividades propostas!
Fontes:
Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis/ENSP/Fiocruz)
Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP)