“Gênero, liderança e inovação na educação e prática de enfermagem” : 12/5 – Dia Internacional da Enfermagem

 

Os enfermeiros são intervenientes fundamentais na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Eles são a espinha dorsal dos sistemas de saúde em todo o mundo. Trabalhando na linha da frente da prevenção de doenças, da promoção e da gestão da saúde, são muitas vezes os heróis anônimos nos serviços de saúde e na resposta a emergências. Devido ao seu papel crítico, são necessários investimentos na educação em enfermagem, empregos, liderança e na prestação de serviços.

Gênero, liderança e inovação na educação e na prática de enfermagem:

• No setor da saúde, as mulheres estão sub-representadas em posições de liderança e enfrentam desigualdades nos níveis salariais. Em média, as mulheres ganham 20% menos que os homens.
• Embora as mulheres tenham os atributos que as tornam líderes eficazes, tais como sensibilidade e empatia, persistem disparidades de gênero em posições de liderança.
• Os enfermeiros interagem diretamente com as pessoas e estabelecem relações de confiança com elas. Estão envolvidos em todos os níveis da prestação de cuidados de saúde e podem ser líderes decisivos na transformação dos sistemas de saúde.
• Os Ministérios da Saúde de alguns países da Região não têm enfermeiros em cargos de gestão. O cargo de chefe de enfermagem está presente em 47% dos países.
• A sociedade e os sistemas educativos atuais oferecem uma oportunidade única para os enfermeiros desenvolverem as suas competências de liderança. Os líderes em enfermagem podem ajudar a facilitar esta transformação e preparar futuros profissionais. Uma liderança eficaz em enfermagem garantirá o planejamento estratégico, juntamente com a implementação e a avaliação criteriosas, visando aumentar o número de profissionais de enfermagem.
• Na maior parte da América Latina e do Caribe, a prática avançada de enfermagem está nos estágios iniciais de desenvolvimento.
• Existem desigualdades na disponibilidade de oportunidades de formação. Das 2.540 escolas de enfermagem da região, 83% estão localizadas em apenas dois países: Brasil (42%) e Estados Unidos da América (41%). A América Latina e o Caribe possuem 63 programas de doutorado em enfermagem, 65% deles no Brasil.
• Os sistemas de ensino de enfermagem são diferentes em termos de competências dos profissionais treinados, da estrutura e atualização do currículo e das qualificações do corpo docente.
• A educação interprofissional continua pouco explorada e pouco adotada nos programas de educação em enfermagem.
• 34% dos usuários do Campus Virtual de Saúde Pública da OPAS são profissionais de enfermagem.
• A educação continuada é um investimento pessoal e profissional necessário ao longo da vida profissional.
• As novas tecnologias transformaram o ensino de enfermagem nos últimos anos, revelando novas oportunidades e desafios para educadores e estudantes. A aprendizagem virtual pode aumentar o acesso educacional e as oportunidades para estudantes de enfermagem que vivem em áreas remotas, oferecendo uma alternativa para ministrar cursos, praticar simulações e facilitar experiências clínicas tanto na graduação quanto na pós-graduação.
• As estratégias educativas virtuais tornaram-se uma ferramenta útil para o acesso ao conhecimento, superando barreiras geográficas e limitações de tempo na formação em enfermagem.
• Existe uma oportunidade para acelerar e expandir a inovação na prestação de serviços de saúde e para reforçar a capacidade, eficácia e eficiência dos sistemas de saúde baseados nos Cuidados Primários de Saúde, ao mesmo tempo em que se avança em direção aos objetivos de prevenção, controle e eliminação de doenças.
• O aumento da utilização da telessaúde pode ajudar a conseguir cuidados de saúde primários mais responsivos, ampliando o acesso para todos, especialmente os grupos mais vulneráveis.
• Os enfermeiros precisarão de conhecimentos e competências para liderar o desenvolvimento de novos modelos de cuidados aos pacientes facilitados pelas tecnologias de informação e comunicação.
• As escolas de enfermagem têm a oportunidade de planejar e implementar iniciativas de desenvolvimento de competências para o corpo docente; atualizar os seus currículos com vistas a aumentar a utilização das tecnologias de informação e comunicação em todas as áreas; e adotar novas abordagens para o ensino de programas on-line, híbridos e baseados em simulação.

Dados sobre enfermagem na Região das Américas:

– Existem cerca de 7 milhões de profissionais de enfermagem;
– 43% dos países relatam menos de 30 enfermeiros por 10.000 habitantes;
– 15% dos enfermeiros têm 55 anos ou mais;
– 89% são mulheres;
– 79% trabalham no setor público;
– 74% trabalham em hospitais.

 

O Dia Internacional da Enfermagem, também conhecido como Dia Internacional dos Enfermeiros é celebrado mundialmente desde 1965. Porém, oficialmente esta data só foi estabelecida em 1974, a partir de decisão do Conselho Internacional de Enfermeiros. O dia 12 de maio foi escolhido em homenagem ao nascimento de Florence Nightingale, considerada a “mãe” da enfermagem moderna.

No Brasil, a data comemorativa foi instituída pelo Decreto no 2.956/1938, como “Dia do Enfermeiro”. No País, de 12 a 20 de maio ocorre a 85ª Semana Brasileira de Enfermagem, cujo tema central em 2024 é: Romper “bolhas” no mundo atual para o resistir e o coexistir da Enfermagem.

 

Como parte das atividades da campanha do Dia Internacional da Enfermagem de 2024, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) propôs que seus Estados Membros realizassem discussões sobre gênero, liderança e inovação na educação e prática de enfermagem na Região das Américas.

Nesse sentido, a OPAS promoverá o Webinar: “Gender, leadership, and innovation in nursing education and practice”.

Data: 09 de maio de 2024
Horário: 2:00 pm – 4:00 pm (Washington DC time)
Inscrições: Disponíveis aqui!

Obs.: Haverá interpretação simultânea em inglês, francês, espanhol e português.

 

Fontes:

Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)
Prefeitura de Santo Augusto (RS)