“Inovação para todas as peles, impulsionada pela IA” : 25/6 – Dia Mundial do Vitiligo 2025
O primeiro Dia Mundial do Vitiligo foi realizado em 2011, promovido pelas organizações sem fins lucrativos “The Vitiligo Research Foundation” (EUA) e “Vitiligo Support and Awareness Foundation” (Nigéria) e seus apoiadores ao redor do mundo com a resolução de conscientizar sobre essa doença e seu impacto nas pessoas por ela afetadas.
A data escolhida para a celebração homenageia Michael Jackson, falecido em 25 de junho, e considerado a pessoa mais famosa a conviver com a condição.
O tema de 2025 pretende destacar a revolução proporcionada pela Inteligência Artificial (IA) no diagnóstico, no tratamento e no atendimento ao paciente com vitiligo. A iniciativa enfatiza o potencial da IA para atender aos mais altos padrões de saúde e tornar o tratamento mais equitativo e eficaz para todos os acometidos, além de focar na melhoria do acesso a informações precisas, ao tratamento personalizado e à prevenção de recaídas.
A doença afeta quase 100 milhões de pessoas em todo o mundo – não apenas física, mas também emocional e socialmente. Acomete todos os gêneros e grupos étnicos, geralmente na faixa etária entre 20 e 30 anos. No Brasil, mais de um milhão de pessoas vivem com vitiligo.
Sua origem não está completamente esclarecida, mas acredita-se que problemas no sistema imunológico e fatores emocionais (não necessariamente juntos) podem desencadear e até agravar a doença. Histórico familiar também é considerado um fator de risco.
Características:
Trata-se de uma doença de pele na qual os melanócitos (células que produzem melanina, pigmento que dá cor à pele), são destruídos pelo sistema imunológico do próprio indivíduo causando a perda da cor e resultando em manchas esbranquiçadas e lisas.
Não há outras alterações, embora em alguns casos haja relato de dor e sensibilidade. Não é contagioso e não traz prejuízos à saúde física, no entanto, as lesões provocadas impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente.
O vitiligo pode ser segmentar ou unilateral e manifestar-se apenas em uma parte do corpo, normalmente quando o paciente ainda é jovem. Pelos e cabelos também podem perder a coloração.
O tipo mais comum é o não segmentar ou bilateral, que aparece nos dois lados do corpo, por exemplo, nas duas mãos, nos dois pés, nos dois joelhos. Em geral, as manchas surgem inicialmente em extremidades como mãos, pés, nariz, boca. Há ciclos de perda de cor e épocas em que a doença se desenvolve, e depois há períodos de estagnação. Estes ciclos ocorrem durante toda a vida e sua duração e áreas despigmentadas tendem a se tornar maiores com o tempo.
O vitiligo não tem cura, mas tem controle, inclusive com a possibilidade de repigmentação completa da pele. O tratamento, que deve ser recomendado e acompanhado pelo médico dermatologista, visa cessar o aumento das lesões e repigmentar a pele, inclui o uso de medicamentos, fototerapia com radiação ultravioleta B e A, laser e transplante de melanócitos, além de algumas novas medicações em fase de pesquisa.
Não há forma de prevenir o vitiligo e como em cerca de 30% dos casos há histórico familiar da doença, os parentes dos indivíduos afetados devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões descoloridas, a fim de detectar e tratar precocemente a condição.
Recomendações:
Pacientes com diagnóstico de vitiligo devem evitar fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes: evitar o uso de roupas apertadas ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele e diminuir a exposição ao sol. Controlar o estresse é outra medida bem-vinda.
É importante salientar que o diagnóstico de vitiligo tem forte impacto na qualidade de vida e na autoestima dos indivíduos acometidos e, portanto, o apoio psicológico é um aspecto fundamental que não deve ser negligenciado.
Outra questão de grande importância refere-se à conscientização e à educação da sociedade em geral como forma de eliminar o preconceito e a discriminação associados à falta de informação sobre a doença.
Fontes:
Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná
Núcleo de Telessaúde de Sergipe
PACE Hospital (Índia)
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional do Rio de Janeiro
World Vitiligo Day (Canadá)