“Priorizemos a Amamentação: Construindo Sistemas de Apoio Sustentáveis” – Semana Mundial do Aleitamento Materno 2025


 

A Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) teve origem em um encontro da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) realizado em 1990 e que resultou em um documento conhecido como “Declaração de Innocenti”.

Para cumprir os compromissos assumidos pelos países após a assinatura deste documento, em 1991 foi fundada a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, na sigla em inglês). No ano seguinte foi declarada a Semana Mundial do Aleitamento Materno, a ser celebrada anualmente entre os dias 1º e 7 de agosto.

 

Sob a égide da campanha “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”, a OMS pretende chamar a atenção especialmente para o apoio contínuo que mulheres e bebês precisam receber do sistema de saúde durante sua jornada de amamentação.

Isso significa garantir que cada mãe tenha acesso ao apoio e às informações necessárias para amamentar pelo tempo que desejar – investindo em aconselhamento especializado sobre amamentação, aplicando o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno e criando ambientes – em casa, na área da saúde e no trabalho – que apoiem e capacitem as mulheres.

A amamentação proporciona um futuro promissor não apenas para as crianças, mas também para as sociedades. Ela reduz os custos com saúde, estimula o desenvolvimento cognitivo, fortalece a economia e proporciona às crianças um começo saudável.

 

A SMAM 2025 reforça a necessidade de fortalecer redes de apoio que viabilizem a amamentação como escolha consciente e sustentável. A prática reduz o impacto ambiental da alimentação artificial e contribui para um futuro mais saudável, tanto para as famílias quanto para o planeta.

Além de ampliar a conscientização, a campanha também chama a atenção para as Metas de Nutrição da Assembleia Mundial da Saúde, que preveem, até 2025, uma taxa mínima de 50% de amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida, e de 70% até 2030.

Quatro eixos orientam o movimento este ano:

– Informar às pessoas sobre seu papel na criação de ambientes sustentáveis e de apoio à amamentação;
– Consolidar o apoio contínuo à amamentação como um componente vital para criar um ambiente sustentável;
– Envolver-se com indivíduos e organizações visando melhorar a colaboração e o apoio à amamentação;
– Promover ações que criem sistemas de apoio à amamentação.

 

No Brasil, a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) reafirma seu compromisso com a construção de sistemas de apoio ao aleitamento que promovam saúde, equidade e responsabilidade ambiental. Amamentar é um ato de cuidado que transforma o presente e projeta um futuro mais justo e sustentável.

 

Benefícios da amamentação:

– Para a sociedade e o planeta: O leite materno é uma fonte sustentável de alimento, pois não gera poluição e não demanda energia, água ou combustível para sua produção, armazenamento e transporte, diferentemente dos substitutos do leite materno. Ele também ajuda a reduzir os custos do sistema de saúde, minimizando o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Adicionalmente, contribui para a melhoria da nutrição, educação e saúde da sociedade.

– Para o bebê: O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes; há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.

– Para a mulher: Amamentar reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver câncer de mama, ovários e colo do útero no futuro. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho.

 

Importante: Nos primeiros seis meses de vida, recomenda-se que o bebê seja amamentado exclusivamente, sendo desnecessária a oferta de água, chás e outros leites, mesmo em locais secos e quentes. O colostro nos primeiros dois a três dias de vida, é suficiente para nutrir e hidratar recém-nascidos saudáveis e eles não necessitam de qualquer outro líquido além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos.

 

Confira respostas às principais dúvidas sobre amamentação!

 

Fontes:

Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros (Prematuridade.com)
Ministério da Saúde
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar – International Baby Food Action Network (IBFAN Brasil)

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