Unir. Agir. Eliminar: 30/01 – Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas


As doenças tropicais negligenciadas (DTN) ou doenças infecciosas negligenciadas, são um grupo diversificado de cerca de 20 condições que, em geral, acometem pessoas em situação de vulnerabilidade, onde a segurança da água, o saneamento e o acesso aos cuidados de saúde são inadequados ou subótimos. São agravos que cegam, incapacitam e desfiguram, atingindo não apenas a saúde física e mental, como também as chances de convívio social.

As DTN incluem: esquistossomose, leishmaniose cutânea, leishmaniose visceral, envenenamento por picadas de animais peçonhentos, filariose, tracoma, escabiose e outras ectoparasitoses, fasciolíase, bouba, micetoma, oncocercose, helmintíase, teníase/cisticercose, doença de chagas, hanseníase, hidatidose/equinococose e raiva.

No Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas de 2024, comemorado em 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apela a todos, incluindo líderes e comunidades, para que se unam e ajam para abordar as desigualdades que impulsionam essas enfermidades e para que façam investimentos ousados ​​e sustentáveis ​​para libertar os estimados 1 bilhão e 600 milhões de pessoas mais vulneráveis ​​do mundo, de um ciclo vicioso de doença e pobreza.

O objetivo da campanha anual é aumentar o apoio para o controle e a erradicação das DTN, em consonância com as metas programáticas estabelecidas no roteiro 2021-2030 define metas globais e marcos para prevenir, controlar, eliminar ou erradicar 20 doenças, ou grupos de DTN, bem como os compromissos da Declaração de Kigali de 2022, sobre doenças tropicais negligenciadas. O objetivo consiste em, até 2030, acabar com as epidemias de Aids, tuberculose, malária e DTN, além de combater a hepatite, doenças transmitidas pela água e outras doenças transmissíveis.

Principais mensagens:

– Cobertura Universal de Saúde/Fortalecimento do Sistema de Saúde: a priorização das DTN na Cobertura Universal de Saúde garante uma abordagem abrangente de cuidados de saúde que inclui todos. O reforço dos sistemas de saúde contra as doenças tropicais negligenciadas garante que ninguém fique para trás.

– Alterações climáticas: as DTN são particularmente sensíveis às mudanças nos padrões climáticos globais. Abordar eficazmente o efeito exacerbador das alterações climáticas exige a adaptação das estratégias de saúde pública ao ambiente em mudança.

‘Já foram 50, faltam 50‘: o fim das DTN é possível. Até agora, 50 países eliminaram pelo menos uma delas, marcando meio caminho rumo à meta de 100 países estabelecida para 2030 no roteiro da OMS para as doenças tropicais negligenciadas.

– Segurança sanitária global: DTN são um componente crítico da segurança sanitária global. Erradicá-las protege as populações globais.

– Prevenção, Preparação e Resposta a Pandemias (PPPR): os serviços de saúde essenciais, incluindo os serviços de DTN, devem ser mantidos durante as crises sanitárias para servir aos mais vulneráveis ​​e evitar repercussões na transmissão. Destacar o papel integral das iniciativas de DTN na PPPR sublinha a interligação dos esforços globais de saúde e pode abordar proativamente potenciais surtos antes que se transformem em crises globais.

– Equidade: a eliminação das DTN é um motor para a maior equidade social e econômica, capacitando as comunidades através da melhoria da saúde. Dar prioridade aos mais marginalizados, concentrando recursos e programas naqueles que suportam o maior fardo, é um passo em frente no sentido da equidade na saúde global.

 

Para reforçar a importância da participação comunitária na redução dos focos de contaminação e dos índices de transmissão das principais Doenças Tropicais Negligenciadas existentes em território brasileiro, a Pasta da Saúde, juntamente com estados e municípios, realiza ações de prevenção e controle. Projetos de capacitação com profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) e estratégias de busca ativa de casos suspeitos nas comunidades estão entre as estratégias adotadas, assim como a atualização dos sistemas de informação sobre as doenças.

 

Fontes:

Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos/Fundação Oswaldo Cruz
Ministério da Saúde
Ministério da Saúde 2
Organização Mundial da Saúde (OMS)
World Neglected Tropical Diseases

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