Vídeo de animação destaca o poder da própolis na cicatrização de tecidos


 

Uma revisão sistemática publicada na revista científica Brazilian Journal of Health and Biomedical Sciences (BJHBS), do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) avaliou a propriedade anti-inflamatória da própolis no processo de reparação tecidual. A partir de nove estudos publicados desde 2016, o artigo, de autoria de Paulo Henrique dos Santos Belo Junior, inspirou um vídeo, disponível no YouTube, cuja conclusão indica que a própolis possui atividade anti-inflamatória, assim como a estimulação do colágeno, rápida promoção do processo cicatricial e baixos efeitos colaterais.

Didática, a animação inicia destacando o importante papel das abelhas pelos seus serviços ambientais como polinizadoras, mas logo destaca o poder da própolis na cicatrização de feridas. Substância produzida pelas abelhas a partir de resinas coletadas das flores, combinadas com cera e saliva das abelhas, a própolis é usada para vedar frestas e proteger a colmeia. Sua composição complexa inclui resina, cera, óleos essenciais, pólen e outras substâncias, resultando numa combinação de cerca de 300 componentes químicos como flavonoides, ácidos fenólicos, terpenos e ácidos cafeicos.

O vídeo esclarece que quando o tecido humano sofre um dano é iniciado um processo que inclui três fases: inflamação, proliferação e remodelamento. Os experimentos in vivo para avaliação do tempo de cicatrização de diferentes regiões afetadas foram realizados em 189 camundongos, seis cães e 61 humanos. Também foram feitos estudos in vitro com fibroblastos, a fim de analisar o período de incubação.

O estudo conclui que a própolis acelera o processo anti-inflamatório e a cicatrização, além de estimular a produção de colágeno e reduzir a dor e a deterioração da lesão. Assim, pode ser usada em terapias complementares. Ressalta que apesar de ainda serem necessários mais estudos, especialmente em humanos, é possível afirmar que a própolis tem potencial para ser uma grande aliada da saúde.

 

Fonte:

Paula Guatimosim – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)

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